
A pergunta que não quer calar nesta pandemia (e fora dela) é: Podemos ter um controle sobre o aplicativo mais invasivo em nossas vidas chamado WhatsApp? Nele chega tudo, desde aquela corrente de oração enviada por uma amiga mais religiosa a um relatório para que leiamos e devolvamos a nosso superior com prazo até dia 'tal', hora 'h'.
Esta foto dos famosos balõeszinhos de diálogo verdinhos, sentados em espreguiçadeiras de praia conversando, é muito utilizado quando se sai de férias.
Mas o desafio é, como sair desse contato direto com esse aplicativo não apenas nas férias, mas no dia a dia mesmo? Somos bombardeados todos os dias com notícias e fatos que nos chegam, sem que sequer tenhamos ido buscar tal informação. Algumas dessas notícias até já nos tiram o sossego logo no começo do dia. Foi-se o tempo que o jornal era jogado em nossa porta e se quiséssemos saber algo, que lêssemos o que o jornal do dia nos trazia. Tudo chega e chega de tudo em nosso pequeno aparelho celular.
Os vídeos então...nem se fala. Tem vídeo lindo fofo, so cute...mas tem muita bomba também...coisas que nem pedimos pra chegar até nós chegam. E se fôssemos prestigiar cada mensagem e cada vídeo desses...me digam...que horas iríamos tomar banho, comer?

O desafio é não apenas regular a frequência com que olhamos para aplicativos viciantes como o WhatsApp, como de fato aprender a lidar com tamanha invasão. Quem nunca discutiu com um parente pelo WhatsApp, ou recebeu algum áudio mal criado, que atire o primeiro celular no Tietê.
O brasileiro gasta em média mais de 3h de seu dia em redes sociais...mas peraí...WhatsApp não é Facebook nem Instagram...mas desse tempo 54% é gasto com o aplicativo mais venenoso de todos os tempos...o WhatsApp!!!!!! Querendo saber mais acesse aqui.
De qualquer forma nem só de 'pedras na cruz' vive esse tal WhatsApp, convenhamos! Conseguimos marcar uma consulta, providenciar um medicamento manipulado, efetuar pequenas compras, tudo viabilizado por este instrumento/meio de comunicação. Porque é isso que ele é.
Mas onde está o veneno, então? A nossa sábia homeopatia já nos ensina. Está na dose, como todo remédio ou veneno. Se a gente souber utilizá-lo comedidamente, excluindo todos os momentos essenciais da vida humana, com certeza ele não estaria no ranking de coleguinhas do adoecimento mental de nossos tempos.

Sim, estamos adoecendo mais mentalmente. Estamos drenando nossos olhos e ouvidos o tempo todo, lendo mensagens, vendo imagens, ouvindo sons, áudios e músicas. Porque sim, em excesso até música faz mal, até água faz mal. Vivemos na corda bamba entre a dose ideal e sermos envenenados.
Há quem já tenha nomeado e classificado um transtorno para quem vive olhando para o celular a cada conjunto de minutos pra ver se chegou uma nova mensagem. Combinemos, isso já aconteceu comigo e pode ser que tenha acontecido com você de ficar um dia mais, digamos, viciado no 'trem' como dizem os mineiros queridos...e ter aberto o aplicativo uma quantidade boa de vezes que nem cabe aqui contar.
Portanto a balança é clara...de um lado a dose saudável...de outro o veneno do descontrole. Precisamos aprender a lidar nesses tempos de pandemia e fora dela, de uma vez por todas com esses aplicativos. A ponta do iceberg começa dizendo quem manda na parada, você. E como? DESATIVANDO TODAS AS NOTIFICAÇÕES.

Uma coisa é você ir lá conferir um e-mail, como era antigamente, que inclusive vc tinha que encontrar uma lanhouse, e um PC, para ver esse tal e-mail. Outra coisa é aquele aplicativo estar ali te avisando a cada e-mail, a cada mensagem de zapzap, que chegou. O mesmo serve para Facebooks e Instagrams da vida. O mesmo DEVE SER APLICADO para o venenoso WhastApp.
Pois a cada momento somos avisados de algo que nos tira do momento presente, do aqui e do agora, de nossas refeições, de nossos momentos com quem mais amamos, de uma contemplação da natureza, de um som musical mais alimentador da alma...pois algo mecânico, uma máquina, um computador que cabe na palma da mão está a nos roubar a vida...cada segundo nosso de cada dia, que deve ser saboreado como se fosse o último e com aquilo que verdadeiramente importa.
Aqui estou exercitando parar de ver mensagens sejam elas quais foram a partir das 20h30. Para muitos isso é loucura...afinal tá cedo ainda. Tá cedo ainda????? Para quê????? Para receber uma série de mensagens e ter que continuar correspondendo/teclando com A, B e C, que são pessoas tbm e igualmente queridas, mas que meus olhos e meus ouvidos estão sendo drenados? Não. Obrigada. Passo a vez.
Outro ponto importante é que desligo o celular a noite. Quem precisar falar comigo sabe o número da minha casa. Caso sejam meus pais, ou sogros. Não estava certo manter aquele equipamento ao lado de minha cama aceso, emitindo radiações e etc e tal. Percebi que comprometia o meu sono. E sono pra mim é algo sagrado. Até porque combato a insônia já e não quero acrescentar a esse meu problema mais um tempero que destempera a minha vida, a minha paz e a minha saúde.
Tem como estabelecermos um controle sobre essas coisas, pois elas não existiam antes. Vivíamos sem Facebook, sem Instagram, sem WhatsApp muito bem obrigada. Era uma delícia! O segredo é não se expor, ou expor o mínimo do mínimo. Mantendo a privacidade do que é mais caro, para viver junto com aqueles que nos são caros.
Volto aos balõeszinhos conversando e percebo que tem como estarmos simbolicamente nestas espreguiçadeiras. Não deixando que um aplicativo de m...(me perdoem o início do palavrão) tire a nossa paz, o nosso eixo, o nosso centro.
Que permaneçamos percebendo o sol, o céu, as cores do dia...os pássaros que cantam hoje na janela, enfim...a lua...as estrelas, um sorriso de um filho, o presente vivo. O digital que aguarde. O tempo é nosso. O nosso tempo não tem preço e vale mais do que qualquer jóia mais rara.
Cuidemos para não ser como a 'boiada do Salles', do anti-ministro do Meio Ambiente deste governo fascista. Cuidemos pra não andar como em bando todos olhando para um aparelho celular em todos os lugares, elevador, calçadas, carro, supermercado, balada...cuidemos para não agir 'tão seguindo o fluxo', achando que o fluxo seja o normal, porque não é.
Mas que sejamos reflexivos, auto-analíticos, amigos de nós mesmos e de nosso bem-estar e saúdes (física, mental e espiritual).
A postura de quem anda como essa boiada, mostra que estamos regredindo como humanidade...pois o equipamento se tornou o centro, das nossas atenções...o pescoço, a coluna, os olhos, ouvidos gritam por socorrooooo!!!!!! Me salvem!!!!!!! Chego a pensar que éramos neandertais e andávamos antes em 4 apoios...o nosso pescoço só tem abaixado...chego a pensar que podemos a qualquer momento voltar pros 4 apoios...numa regressão sem fim...mais do que anatômica, espiritual.

Momentos como a alimentação estão cercados desses aparelhinhos maldidos. Mastigar focada no momento presente é LUXO???????? Será que precisa ser assim?????? Será que o e-mail, a rede social não podem esperar só um pouquinho????
Bora refletir sobre isso???????
A vida tá passando. E ela não espera...pela foto, pelo flash, pela exibição do último prato no restaurante.
A vida pulsa...mas só se você estiver no seu CENTRO. E não um aparelho celular. E de centro o Taiji nos fala muito. Ele nos faz voltar pro nosso centro e não querer mais sair de lá por nada!
PS.: Se me perguntam se eu vi aquele vídeo, aquela mensagem, aquela arte que me enviaram...eu apenas digo a verdade...que não tive tempo. Mas a minha estatística está descrescente. Não chego a ver 1/3 do que chega. Pq a vida pulsa e eu quero ela aqui e agora sendo VIVIDA! Me perdoem quem eu amo e que me enviam coisas via zapzap. Porque a vida é zap...e eu quero mais é saboreá-la sem zap de nada. Nada correndo... tudo somente fluindo.
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