
...tem dia que amanhecemos nos lembrando de algum momento passado que nos parece ter sido mais cheio de vida do que aquele em que nos encontramos...e todos nós temos um 'balde' de momentos assim colecionados para se lembrar, não é mesmo?
Eu por exemplo olho a fase de meu segundo filho bebê, ainda amamentando, e meu mais velho ainda pequeno como uma fase saudosa a se lembrar...eles permanecem crescendo biblicamente em graça e vida...e ternura...mas tem sempre um dia de saudosismo, de nostalgia.
Eu saio para caminhar, numa caminhada que intitulei caminhada de cura e gratidão pra mim mesma. Nela é que refaço o momento presente, sempre olhando para ele como o único momento em que eu posso aprender algo...seja ser filha, mãe, seja ser esposa, profissional.
A nostalgia nos serve como um antídoto histórico para nos fazer lembrar por onde andamos, que 'chão simbólico' nossos pés já pisaram...que aroma já sentimos...enfim...o saudosismo está ali pra gente resgatar a história vivida...mas ela de fato JÁ FOI VIVIDA. Não dá pra voltar lá atrás e ter um menino, hj com 4 anos, como um bebê de colo de novo...
E assim são as memórias...são essas gotas de uma essência que não precisamos chorar tristes ao sentirmos o aroma delas. Precisamos apenas acordar, caminhar, sentir o sol, ouvir o som de pássaros e ao olhar no chão fazendo Tai Chi encontrar um símbolo simples do que verdadeiramente fica, do que verdadeiramente importa...e que cruza a fronteira passado-presente-futuro...O AMOR.
Sem ele nada, nada, nada faz sentido. Somos apenas errantes aqui nesse Planeta. A terra e o céu são nossos pais. E, como filhos, cabe a nós permanecer em nós. Serenos. Aquietar a mente e tentar faze-la chegar a ser como um Vale, calmo...vazio...afinal momentos foram...momentos virão...mas o fato é que está acontecendo algo, aqui, agora, já.
Percebeu?
Não?
Então pare, respire, e se ouça...
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