só não sabe quem não quer. Já dizia uma música cantada pelo Renato Russo, não é mesmo?

Mas se ele nasce para todos, como cada um acaba tendo uma relação completamente distinta com ele? Uns o amam e idolatram tanto que são capazes de fazer dele o seu telhado de vida e trabalho, como pescadores, surfistas e nadadores. Já outras pessoas o detestam com tanta, mas tanta força, que são capazes de em dias de sol permanecerem enclausurados dentro de casa, de preferência com portas e janelas trancadas, e cortinas e blackouts bem estendidos;
Mas qual seria a verdadeira relação que nós, seres humanos, deveríamos cultivar com o Sol, esse astro poderosíssimo sem o qual toda a vida na Terra estaria fadada ao fim?
Uma relação em que o Tao esteja contemplado, aquele que está em tudo e a tudo permeia. O sol é como uma luz de ouro. Mas não do ouro com preço no mercado de negócios. O ouro no sentido de sua raridade, de sua especialidade, de sua generosidade, de sua espiritualidade. Essa luz de ouro que invade os espaços todos, é extremamente sagrada. Tanto que animais e plantas não ousam subjugá-la.
Luz de ouro
Tal como uma luz de ouro, o Sol todos os dias nos presenteia com sua existência, presença e força. Estar no planeta que o Sol escolheu para aquecer e acolher toda e qualquer vida existente, é com certeza motivo de reverência, reverência e reverência.
Às vezes vamos a templos e reverenciamos santos. E nos esquecemos do santo Sol que nos protege e guia todos os dias, mesmo naqueles nublados. Ele nos mostra do sagrado, daquele lugar dentro de nós, em que a luz de ouro de fora também existe dentro e nos faz assim mais ensolarados, mais 'ourados'.
Sempre que começo as práticas em grupo no condomínio onde moro, num belo gramado que temos ao som do mar próximo e de pássaros cantando nas árvores, faço a descida do nosso Sol Interior, pedindo que cada um imagine que um fio de luz sai do céu e adentra o ponto entre as sombrancelhas. E se manifesta no centro da cabeça de cada um como o nosso Sol Interior. Este sol, para cada um tem um tamanho, brilho, calor e poder. Depois imaginamos que este Sol Interior vai descendo e banhando todos os nossos órgãos internos, passando pela garganta, coração, pulmões, estômago e intestino, parando 4 dedos abaixo do nosso umbigo.
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