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Taiji Quan

Foto do escritor: Sandra TavaresSandra Tavares

Atualizado: 14 de ago. de 2019


O maior, o mais alto, supremo, absoluto...cumeeira...luta a mãos livres...



Tai significa “o maior”, “o mais alto”, “supremo”, “absoluto”; Chi significa, literalmente, a parte mais alta do telhado - “cumeeira” e Chuan significa punho, simbolizando “soco”, “luta a mãos livres” (desarmadas).


Apreende-se entender como Tao como "o maior", aquilo que tudo rege, tudo guia e tudo invade e penetra. A mim interessa chegar a esta 'cumeeira' de mim mesma...essa parte mais alta de mim, de um ser humano melhor, mais amoroso e bondoso.

Mas penso que preciso, antes, aprender a lutar 'a luta a mãos livres', aquela luta de quem na verdade não segura nada e não se agarra a nada. Pois quando prendemos e seguramos algo, seja o que for, um pensamento, um sentimento, uma pessoa, uma coisa, transformamos o sabor de apreciar pela posse, pelo 'meu', e o 0 vira 1, e depois 2 e depois número infinito. Pronto. Enxurrada de pensamentos e preocupações. E nos sentimos conflitantes.



Preocupações para quê?


Quando esvaziamos a mente e serenamos o coração, geralmente todas as respostas que precisamos surgem. O que precisamos então? Preocupar-nos? Ou aprendermos a soltar, tudo e todos?


Quando soltamos ficamos mais leves e não sofremos. Porque guardar e prender, é de certa forma o aprisionador de nós mesmos. O Taiji Quan nos fala do movimento circular em nós mesmos. De entendermos de uma vez por todas que nada, absolutamente nada é por acaso, que tudo tem uma razão de ser, e que os conceitos de 'bom' ou 'ruim' estão apenas dentro de nossas pequenas mentes.


Mas como fazer para alcançar a Grande Mente? Basta deixar, como ouvi de minha querida Jerusha Chang no Espaço Luz, que a pequena mente fique um pouco deixada de lado, que ela esteja mais vazia, e o coração mais sereno.


Para isso é preciso desenvolver uma disciplina interior. Dizer a si mesmo: vou ficar nessa pra sempre? Oscilando e oscilando? Ou irei tomar as rédeas de minha existência? Quero que minha essência, energia e espírito estejam unidos, reunidos em um só propósito: reverenciar a natureza, reverenciar o Tao - ou Energia Primordial Criadora - que está em tudo e em todos, quero desenvolver uma compaixão que não se resume a pena, esmolas e 'sensação de que estou fazendo a minha parte pro sistema'. Quero antes compreender que o que pulsa aqui dentro, pulsa fora, no sol, na lua, nas estrelas e montanhas, nos animais e plantas. Pulsa em todo e qualquer lugar.


Como me tornar mais compassivo? Como serenar? Como aquietar minha mente pequena? Preciso primeiro desenvolver uma consciência de que eu sou responsável por mim mesma. Eu tenho que me cuidar. Eu tenho que ser disciplinada, acordar e fazer algum treino de energia que me foi passado, caminhar, meditar, conversar com o Altíssimo. Eu tenho. Somente eu. Ninguém fará isso por mim. Ninguém fará uma caminhada por mim, com minhas próprias pernas. Ninguém praticará, mesmo que não esteja certinho como fala na apostila, o treino das 9 dobras, dos 12 panos de seda, ou o tai chi deitado ou sentado. Somente eu.


Então começa a minha jornada. E convido você a caminhar junto, companheiro/a de Tao. Praticando, conversando, escrevendo, e semeando um caminho somente de ida, porque não tem mais como voltar para trás. Um caminho de ida, rumo a essa Grande Mente, que não é meramente física, mas a Metafísica. Sigamos juntos!

 
 
 

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